sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sede Perfeitos
"Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial", recomendou-nos Jesus (Mateus, 5:48.)


A exemplo das crianças, porém, que só dão valor aos seus brinquedos e levam a vida entre folguedos e sonhos pueris, sem se aperceberem das sérias responsabilidades e dos graves problemas que os adultos de vem enfrentar e resolver, grande parte da Humanidade também se comporta, à frente dos objetivos da vida neste plano evolutivo, com uma inconsciência e uma leviandade simplesmente deploráveis.

Fazendo das riquezas o alvo supremo de suas atividades, porque são elas que lhe abrem as portas do mundanismo e lhe propiciam toda a sorte de comprazimentos, engolfa-se numa desgraçada apatia moral, numa abjeta materialidade, sem idealismo, sem nobreza, como se a xistência terrena não tivesse uma finalidade útil e após ela nada mais subsistisse.
Em seu desvario, cada qual cuida apenas de salvar as aparências, de evitar escândalo, procurando ocultar ou disfarçar habilmente seus erros e defeitos, para ser tido por pessoa de bem, para que a sociedade forme dele um bom coneito, e , satisfeito com isso, assim atravessa toda a existência, mascarado, aparentando o que não é.
Este mundo, todavia, não é estância de descanso, nem lugar de divertimentos inúteis, mas sim oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. Quando, pois, finda nossa romagem terrena, voltamos à pátria da verdade, é com enorme tristeza que lamentamos o tempo perdido e não menor desilusão que nos complamos tal qual somos na realidade, constatando, horrorizados, o quanto fomos hipócritas para com nós mesmos.

Sim, post-mortem , é-nos dado observar, com as emoções e sentimentos correspondentes, cada incidente de nossa vida passada, em que nossa preguiça, nossas mentiras, nossos vícios, paixões e desejos grosseiros retratam-se com absoluta fidelidade, em que todas as nossas fraquezas de caráter e todas as nossas más ações voltam a ser vividas de novo. Então, para vergonha nossa, verificamos não ter avançado espiritualmente um passo sequer, tornando-se necessárias novas reencarnações de provas e de expiações, até que realizemos o aprendizado relativo a este mundo, condição indispensável a que passemos a outro, superior e mais feliz.

Contribuem de forma ponderável para essa estagnação espiritual da Humanidade certos principios religiosos por ela aceitos de longa data e sob cuja influência foi modelado o estilo de vida que aí está.
É evidente ao observador mais superficial que, na juventude e na maturidade, a coletividade humana pouco se preocupa com Religião e até zomba daqueles que se mostram escrupulosos no cumprimento de seus deveres.
A razão disso está na crença nela inculcada de que determinados sacramentos são de tal modo eficazes, possuem tão extraordinários poderes que, mesmo as criaturas mais corruptas e pervesas, em os recebendo, ficam livres de seus pecados e tornam-se instantaneamente puras, imaculadas e em condições de ingressar imediatamente no reino dos céus.

Ora, isso é uma pechincha. E como ninguém gosta de passar por tolo, tratam todos de "gozar a vida", como dizem, deixando os problemas da alma para depois , para quando ficarem velhinhos...

Em que pese porém a "boa-fé" (ilusão) dos que assim acreditam, é totalmente inútil supor seja possível alcançar o céu de mão beijada, quando não se fez outra coisa senão agir em contraposição às Leis de Deus. Pretender isso é o mesmo que desejar auferir juros de um capital que não se depositou.
As leis divinas são sábias, justas, inderrogáveis, e não há nada nem ninguém que as possa burlar ou anular os seus efeitos.

O reino de Deus, ou o reino do Céu, está dentro de nós mesmos. é um estado de felicidade proporcional ao grau de perfeição adquirida, e não há outro meio de consegui-lo senão prticando o bem, porque só o altruísmo purifica, melhora e aperfeiçoa as almas.

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